quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre o doloroso processo...

Primeiro vem o desespero total. A morte de tudo o que você sonhou na vida. Todos os seus planos para o futuro se desfazem, se desmancham bem na sua frente. E você é incapaz de se mover... afinal, esta decisão também foi sua. Você é totalmente responsável por isso, também.
Depois, vem a raiva. Raiva de todas as decisões mal pensadas que você tomou na vida. Raiva de ter estado inerte durante tanto tempo. Raiva por ter deixado a sua autoestima ficar tão baixa. Raiva por ter se entregado tanto e tão incondicionalmente. Raiva por permitir que tanta gente controle a sua vida.
Para amenizar a raiva, você usa as coisas boas... todos os sorrisos, os olhares, a cumplicidade, a parceria, a diversão, o aprendizado, o cuidado, o companheirismo e a amizade linda que, você sabe, não vai acabar NUNCA.
Em seguida, vem o medo. Medo de não conseguir. Medo de ser sozinho e inteiro depois de ter passado metade da vida acompanhado e dividido. Medo do que será, do que virá. Medo de ser feliz, mesmo o outro não sendo. Medo de ver o outro feliz, mesmo você não sendo. Muito medo...
Acredito que depois venha a aceitação, a resignação, a certeza de ter tomado a atitude correta, de ter feito o melhor que se pôde, enquanto ainda era tempo de preservar a melhor parte de tudo: o gostar e o querer bem.
A vida vai seguir seu curso e a única certeza que eu tenho é a de que sobreviveremos.
O desespero passa, a raiva passa, o medo passa, a tristeza se esvai... e tudo se ajeita. Para podermos iniciar um novo ciclo... sendo melhores, conosco e com os outros.

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