quarta-feira, 30 de março de 2011

Dilema de mãe

Tenho pensado muito ultimamente sobre educação infantil. Acho que essa é uma preocupação de todos os pais. Ninguém de nós quer errar na educação dos filhos. Mas como saber a forma certa de educar?
Meu marido é pedagogo, ou seja, sabe todos os métodos considerados "corretos", não é verdade? Não! Não é verdade! Teoricamente, é muito fácil vc colocar em prática um "método" já estudado anteriormente. Mas, na prática, a coisa é bem diferente!
Eu, assim como a maioria das crianças da minha geração,  fui educada com a pedagogia do chinelo! Qualquer comportamento inadequado era prontamente corrigido com um safanão! E todas as crianças da época, mesmo as mais levadas, não ousavam levantar a voz para os pais ou para qualquer pessoa mais velha.
Os tempos mudaram e a geração que apanhou não quer o mesmo para os filhos. Eu, por exemplo, não entendo a atitude de quem bate com o intuito de corrigir. Quantas vezes vc se aborreceu com um colega de trabalho mal educado e tentou corrigí-lo com palmadas??? Por outro lado, nunca se viu crianças tão mal educadas, respondonas e bocas sujas como hoje em dia!!! Como resolver? Conversando, diriam os pedagogos e psicólogos de plantão! Mas, e quando isso não surte efeito?
Acho que esta questão está longe de ser solucionada! Enquanto isso, a dúvida permanece: será que meus pais estavam certos???

terça-feira, 29 de março de 2011

O menino das meias vermelhas

Sempre me emociono quando leio esse texto. Talvez por ser mãe, sei lá...

"Todos os dias ele ia para o colégio com meias vermelhas. Era um garoto triste, procurava estudar muito mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava. Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.
Ele contou com simplicidade: "No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela."
Os garotos retrucaram: "Você não está num circo! Por que não tira essas meias vermelhas e joga fora?" Mas o menino das meias vermelhas explicou: "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela."
Carlos Heitor Cony

segunda-feira, 28 de março de 2011

Incontinência

Todo cadeirante que se prese sofre com o problema da incontinência. Quem de nós nunca voltou pra casa cheirando a xixi? Que vexame!!! rsrsrsrsrs Tem que rir pra não chorar!!!
No meu caso (paraparesia : perda parcial de sensibilidade dos membros inferiores), tenho um pouco de controle ainda. Consigo sentir a vontade de ir ao banheiro, mas tenho urgência. Se não tiver um banheiro por perto, já era!!! rsrsrsrs Ainda não preciso fazer cat. Controlo a urgência apenas com medicação, mas ainda assim, não confio muito, não.
Depois de muitos perrengues e corre-corres por causa de banheiros, meus problemas acabaram! Descobri as fraldas Plenitud Active. Na verdade, são roupas íntimas descartáveis para quem tem uma incontinência moderada. Ajuste perfeito ao corpo, não faz barulho como as fraldas comuns, disfarça os odores e, o mais legal, tem formatos específicos para mulheres e homens. Uso sempre que vou sair de casa sem hora pra voltar. Me sinto mais segura. Tudo bem que a gente não se sente nada sexy num fraldão, mas é muuuuito melhor do que passar vergonha e ter que abandonar o passeio pela metade.
Fica a dica.

Lutando com classe

Desde que me tornei cadeirante, há quase três anos, tenho passado por muitas dificuldades. Aos poucos irei postando aqui algumas delas. Mas hoje, quero falar da pior de todas: a falta de acessibilidade.
Mais do que o preconceito, mais do que a indiscrição de algumas pessoas, mais do que a dependência, a falta de acesso em locais públicos tira o sono dos deficientes.
Eu vou a todos os lugares em que tenho vontade. E quando não há acesso, eu entro do mesmo jeito. Conheço alguns cadeirantes que se recusam a entrar em lojas, bares e quaisquer outros estabelecimentos inacessíveis. Eu não concordo com isso. Se eu der meia volta, o dono daquele local vai continuar não se importando comigo. Ao contrário disso, eu uso os meus atributos femininos. Faço a cara mais sorridente do mundo e falo pra ele: Eu atravessei a cidade só pra vir aqui no seu restaurante (por exemplo) comer aquele empadão de ricota com manjericão que só vocês sabem fazer, mas não tem uma rampa pra eu subir. E agora, volto pra casa com fome?
Acreditem, sempre funciona!!! Eles mobilizam funcionários para carregar a cadeira, afastam mesas e me dão toda a atenção! Enquanto isso, eu aproveito pra falar sobre a importância do acesso no local.
Temos que lutar pelos nossos direitos. Mas lutar pacíficamente, educadamente, sem barracos, na classe! Não se consegue nada no grito. Isso vale para tudo na vida.

PARA SEMPRE, CAIO F.

Tenho lido muito ultimamente! Mais do que de costume.
E pela 3ª vez, estou lendo Morangos Mofados. É o meu livro preferido. A cada releitura decubro novas possibilidades, nuances diferentes, doçura em contos amargos e amargura em contos doces.
Este livro desnuda a alma de Caio e dilacera princípios.
O que primeiro chama a atenção na leitura de Morangos mofados é a fineza de estilo, a agudeza e a percepção de Caio Fernando Abreu para tratar da essência, do que há de mais profundo no ser humano. A busca, a dor, o fracasso, o encontro, o amor e a esperança vão se delineando nessa série de contos que se entrelaçam quase como se fossem um romance. Morangos mofados foi o maior sucesso de Caio, que lançou 11 livros e foi traduzido para diversas línguas.
Obrigatório!!!

Recomeçando

De volta à blogsfera depois de uns três anos longe das postagens. Excluí meu antigo blog por achar que ele não condizia mais com a pessoa que sou hoje. Lá, eu falava sobre coisas que não me interessam mais. Este aqui terá a minha cara atual. Mostrará a Deidy que sobreviveu aos tsunamis da vida. Completamente outra, mas com a mesma alegria de viver. Como estou há muito tempo parada, minha cabeça está fervilhando. Isso significa que, a princípio, vai rolar um post atrás do outro.
Espero que gostem e opinem.
Big beijo.
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