quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre os planos para o agora

Depois de um longo e tenebroso inverno (mais precisamente 3 anos) eu resolvi que chegou a hora de seguir em frente.
Eu sou assim. Eu vivo intensamente os meus ciclos, extraio deles tudo o que tem de bom e de ruim, analiso, pondero, vou no fundo do poço e volto quantas vezes forem necessárias, aprendo, vivencio, dialogo, me adapto, fecho a conta e sigo em frente. Com a certeza de que não ficou nada para trás. Foi assim com os ex-amores, foi assim com a gastroplastia, assim será com a deficiência. Ela já me deu o que eu precisava. Agora , é só juntar tudo na bagagem e colocar o aprendizado em prática.
Foi difícil escolher o caminho, mudar o rumo... recomeçar nunca é fácil pra ninguém! E o primeiro passo é sempre o mais difícil! Se desvencilhar da comodidade, se desfazer daquele dia-a-dia cronometrado e programado que te dá sempre a certeza de que tudo vai acontecer como previsto.
Depois de muitos conflitos internos e pressões externas, resolvi que não quero ser atleta. Hoje em dia, a maioria dos deficientes recorrem aos esportes para recomeçar, para provar que são capazes, que estão aptos. Alguns se descobrem verdadeiros campeões. Eu fiquei tentada a tomar esse rumo por que  é o mais fácil. Vc encontra esporte adaptado com facilidade na cidade: basquete, atletismo, natação... e eu sempre gostei de esportes, apesar de nunca ter praticado grande coisa. Mas isso seria o óbvio, e o óbvio nunca me atraiu.
Então, resolvi que vou voltar a estudar! Terminar minha faculdade que está trancada há tanto tempo! Acho que essa é a hora certa. Amigos novos, ambiente novo, preocupações novas... é disso que eu preciso nesse momento. Me afastar do pensamento de imobilidade e começar a viver, na prática, a minha independência, a minha liberdade.
Vou viver o novo! Por que a vida segue e quem vive de passado é museu!

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