quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O dia 18 de setembro de todos os anos

Desde criança até hoje, eu acordo no dia do meu aniversário achando que vou encontrar algo diferente no espelho. Já estou com 32 anos e ainda não consegui me desfazer dessa crença infantil. A lógica é: se hoje eu estou 1 ano mais velha, tem que haver alguma mudança física visível, um marco de passagem. Todos os anos eu me olho no espelho no dia 18 de setembro e nunca encontro nada diferente da noite anterior.
A vida passa e a gente não percebe... Só quando a gente olha no espelho e vê a pele do rosto um pouco mais flácida e algumas ruguinhas de expressão é que a gente se dá conta de que o tempo passa pra todo mundo. Sutilmente, como quem não quer nada.
Quando a gente é mais jovem, pensa muito em beleza. Rosto bonito e corpo perfeito são metas a serem alcançadas antes do conhecimento, da sabedoria e da cultura. Com o avançar da idade, a gente já apanhou da vida o suficiente para entender o que realmente importa.
Hoje eu tenho sede de conhecimento. Quero saber de tudo um pouco. Provar todos os sabores e sentir todos os aromas. Conhecer a vida, essa é a meta!
Tem gente que tem medo de envelhecer, eu não. Tal qual um bom vinho, quanto mais velho, melhor.

Sapiência, essa é a minha sede. Mas enquanto eu não me sacio, continuo procurando no espelho as marcas da vida.

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