Mostrando postagens com marcador Sentimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sentimento. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço de 2012.

Bom, chegou a hora de listar as coisas boas e ruins deste ano.
De ruim, só me aconteceu uma coisa. Mas foi a pior coisa que poderia ter acontecido, a mais difícil, a mais complexa... mas já passou! Deixa pra lá!
De bom, muito mais coisas. Que compensarão cada tristeza vivida.

  • Voltei a estudar! Retomei a faculdade e foi o melhor acontecimento do ano. Estou sendo uma aluna aplicada e isso tem consumido todo o meu tempo. Tenho exercitado o pensamento crítico mais do que já fazia antes e isso é maravilhoso!
  • Conheci pessoas novas. Na faculdade, muita gente já entrou para o rol dos "amigos pra toda a vida". Adoro conhecer pessoas novas porque aprendo com suas histórias de vida. 
  • Fiquei mais independente!!! Esta, sem dúvida, é a minha maior vitória de 2012. Vou sozinha à faculdade, ao médico, ao shopping, ao cinema... Lógico que é difícil e que eu ainda tenho medo, mas o que seria da CORAGEM se não existisse o MEDO???
  • Estou aprendendo a dirigir. Tenho pavor, mas vou superar, eu sei. E aí, ninguém me segura mais! kkk

Muitas outras coisinhas legais aconteceram, reencontrei pessoas queridas, experimentei novos sabores, novos cheiros... enfim! O saldo, sem dúvida, foi positivo! Agora, vou esperar 2013 chegar com todas as suas novidades.
FELIZ ANO TUDO NOVO!!!!!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Desapegando...


Vou entrar em 2013 com as finanças no vermelho! Gastei mais do que podia em uma pequena reforma que fiz em casa. Alguns reparos na alvenaria, pintura geral, troquei uma janela e coloquei grades. Ah, também troquei de quarto com a Cecília. Isso tudo faz parte do projeto DESAPEGO.

É incrível como a convivência prolongada nos torna dependentes! Quando meu ex-marido finalmente se mudou, levou consigo apenas roupas, documentos e objetos pessoais ( Mas nem todos. Livros, cds e dvds que foram comprados juntos são dificílimos de separar! rsrsrs), mas deixou um vazio tão grande como se tivesse levado todos os móveis da casa! Para todos os lados em que eu olhava, lembrava de alguma coisa, de um momento divertido, de uma implicância boba... Essa é a parte mais difícil de uma separação: a ausência física e as lembranças que ficam pela casa. 
Quando a minha sogra faleceu, há 5 anos, e meu sogro resolveu, uma semana depois, que venderia o apartamento em que moravam e que doaria todas as roupas, joias e objetos pessoais dela, foi extremamente condenado. Todos o julgaram, inclusive eu, que fiquei chocada com tamanho desamor. Hoje eu consigo compreendê-lo facilmente. Nada como um dia após o outro para nos ensinar as lições da vida! Hoje eu sei o quanto é dolorido conviver com lembranças felizes de tempos que não voltarão mais... enfim!
Pois bem, quis deixar a casa com um ar diferente. É claro que não resolveu o problema, mas ajudou bastante.
Pode até não parecer, mas eu sou uma pessoa positiva. Sempre busco o lado bom da coisas que me acontecem, sem deixar de viver intensamente as coisas ruins, porque é com elas que aprendemos a viver...



Pois é, como eu ía dizendo, tenho na carteira exatamente R$15,00!!! É com eles que vou entrar em 2013!!! kkkkkkkkk Mas estou muito esperançosa de recuperar minhas finanças muito em breve. E de que o investimento inconsequente tenha valido a pena!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Uma felicidade no meio do caos.

Já deu para perceber que eu estou passando por uma fase complicada na minha vida, né? Pois é, mais uma rasteira, mais um pontapé que a vida me dá... O processo tem sido extremamente difícil e cansativo. Às vezes (muitas vezes), sinto um aperto tão grande no coração, como se alguém o estivesse apertando com as duas mãos. Enfim... bad days!
Mas o que eu quero realmente falar hoje é sobre o lado bom. Não adianta negar, TUDO nessa droga de vida tem seu lado bom. E a coisa boa que eu conquistei essa semana, vou publicar aqui. Porque me orgulho de ter conseguido, e quero que fique registrado para que eu possa, sempre que me sentir incapaz de realizar alguma coisa, reler e reviver este momento.
Fazem 3 anos e meio que eu me tornei cadeirante e, durante esse tempo todo, NUNCA, em hipótese alguma, me atrevi a sair de casa sozinha. Nem mesmo para dar uma volta no quarteirão. Sempre tinha alguém me acompanhando, (super?) protegendo, ajudando... Isso sempre me incomodou porque eu via muitos cadeirantes sozinhos pelas ruas, levando uma vida livre e independente.
Logo no início, eu tentei muitas vezes, mas sempre tinha alguém para me desencorajar: "Tu não vais sozinha! Não tem necessidade! Eu posso te levar! A rua é perigosa! Você pode se machucar, ou ser assaltada, ou atropelada..." Estas coisas foram se tornando verdadeiras na minha cabeça e eu acabei me entregando à dependência. Na verdade, de certo modo, eu achava legal. Significava que as pessoas se preocupavam comigo, queriam ajudar, estar perto, enfim. Eu me acomodei! E a culpa não é de ninguém, só minha! Eu é que precisava colocar limites nessa superproteção.
Pois bem, na última quinta-feira, dia 21 (acho que não vou esquecer nunca esse dia) eu tomei uma decisão séria: no dia seguinte, eu iria sozinha para a faculdade. E eu fui tão contundente que o Elmir nem se atreveu a contestar, como de costume.
E assim o fiz: passei o dia inteiro mentalizando, planejando e prevendo os possíveis perrengues. À tarde, saí mais cedo que de costume e não olhei para trás. O olhar de preocupação das pessoas podia me fazer desistir. Subir no ônibus foi fácil, as pessoas ajudaram numa boa. Mas o percurso foi aterrorizante! Não vou negar, eu estava apavorada! Foram 40 minutos de total desespero, medo de não conseguir, de falhar comigo mesma... O celular toca. Era a Cecília me pedindo para ligar assim que chegasse. Na verdade, eram meus pais preocupados, eu sabia.
Descer do ônibus e tocar a cadeira por uma distância considerável, no meio da rua (porque pela calçada é impossível) e debaixo de uma chuva fininha, essa seria a maratona. Respirei fundo e fui! Tive que parar no meio do caminho algumas vezes para descansar. Meus braços ainda são fraquinhos. Numa dessas paradas, passou uma colega de sala e me ofereceu ajuda. A tentação foi grande, mas eu agradeci e recusei. Eu não podia me entregar! Era uma luta pessoal, minha comigo mesma, e eu venci! Cheguei sã e salva na faculdade e fui direto para o banheiro, onde desabei. Chorei copiosamente, mas de felicidade, por me sentir capaz e por saber que nada mais vai me parar, ou me impedir.
Liguei para casa e tranquilizei o povo. Fiz uma prova casca grossa mas com uma autoconfiança que não cabia em mim. Depois, fui com os amigos para um barzinho comemorar o encerramento do semestre e a  minha vitória. Eu não costumo beber mas fiz questão de pedir uma caipirosca. Eu merecia! E o brinde ficou por minha conta:
"Eu brindo à vida! Essa filha da puta que vive me jogando pedras. Mas hoje ela aprendeu que para me derrubar, vai ter que bater mais forte da próxima vez. Por que todas as pedradas que ela me deu até agora, eu matei no peito e chutei pro gol!"
Foi tudo tão revigorante, que eu repeti a dose no sábado e no domingo, já sem medo ou desespero.
E isso é só o começo de um longo caminho!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre o doloroso processo...

Primeiro vem o desespero total. A morte de tudo o que você sonhou na vida. Todos os seus planos para o futuro se desfazem, se desmancham bem na sua frente. E você é incapaz de se mover... afinal, esta decisão também foi sua. Você é totalmente responsável por isso, também.
Depois, vem a raiva. Raiva de todas as decisões mal pensadas que você tomou na vida. Raiva de ter estado inerte durante tanto tempo. Raiva por ter deixado a sua autoestima ficar tão baixa. Raiva por ter se entregado tanto e tão incondicionalmente. Raiva por permitir que tanta gente controle a sua vida.
Para amenizar a raiva, você usa as coisas boas... todos os sorrisos, os olhares, a cumplicidade, a parceria, a diversão, o aprendizado, o cuidado, o companheirismo e a amizade linda que, você sabe, não vai acabar NUNCA.
Em seguida, vem o medo. Medo de não conseguir. Medo de ser sozinho e inteiro depois de ter passado metade da vida acompanhado e dividido. Medo do que será, do que virá. Medo de ser feliz, mesmo o outro não sendo. Medo de ver o outro feliz, mesmo você não sendo. Muito medo...
Acredito que depois venha a aceitação, a resignação, a certeza de ter tomado a atitude correta, de ter feito o melhor que se pôde, enquanto ainda era tempo de preservar a melhor parte de tudo: o gostar e o querer bem.
A vida vai seguir seu curso e a única certeza que eu tenho é a de que sobreviveremos.
O desespero passa, a raiva passa, o medo passa, a tristeza se esvai... e tudo se ajeita. Para podermos iniciar um novo ciclo... sendo melhores, conosco e com os outros.

domingo, 6 de maio de 2012

Recebendo um carinho

Acabei de receber um e-mail da Deborah, uma mãe postiça que a vida me deu de presente. E ele chegou em tão boa hora, que até me animou um pouquinho... Vou postar uma parte dele:

É preciso coragem para ser feliz. 
Seja valente.
Siga sempre seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, 

suas veias e seus olhos também irão.
Satisfaça seus desejos.
Esse é seu direito e obrigação.
Entenda que o tempo é um paciente professor 

que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser 
uma grande menina ou uma menina grande, 
vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. 

Tenha filhos. 
Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, 

mas vá a Fernando de Noronha, Alter-do-Chão
a Barcelona e à Austrália. 
Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos. 

Ame. 
Ame pra valer.
Não corra o risco de envelhecer dizendo
   "ah, se eu tivesse feito..."
Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. 
Saiba AMAR, amando... 
E tome conta sempre da sua reputação, 

ela é um bem inestimável. 
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários. 
Se for se casar, faça por amor.
Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você 

se case com alguém parecido com você, 
mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, 

que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure 
alguém diferente de você.
Mas para ter sucesso nessa questão, 

acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade 

quando o assunto é paixão. 

Faça do fogão, do pente, da caneta, 

do papel e do armário, 
seus instrumentos de criação.
Leia. Pinte, desenhe, escreva. 

E por favor, dance, dance, dance até o fim, 
se não por você, o faça por mim. 



Estou tentando... só eu sei como eu estou tentando...

sábado, 5 de maio de 2012

...

TURBULÊNCIA, muita turbulência!
Minha vida está suspensa por um tempo... estou tentando me reorganizar, me refazer, me redescobrir, me reinventar...
Não sei quanto tempo isso vai levar. Talvez eu apareça por aqui de vez em quando para expurgar as dores desse processo...
Por enquanto, só posso dizer que tenho um nó enorme apertando meu peito, e que não consigo ver uma luz no fim do túnel...
Dias difíceis. 
Winter is coming...

domingo, 15 de abril de 2012

Mudando atitudes

Não é novidade pra ninguém que a minha vida tem sofrido inúmeras transformações nos últimos anos. Já revi muitos conceitos e desconstruí muitas ideias, mas, recentemente, tomei uma decisão importante pra minha vida: não vou mais sufocar os meus conflitos.
Sabe aquele copo que você vai enchendo com o conta gotas? Você coloca uma gotinha de cada vez, mas ele vai enchendo, vai enchendo, até que transborda? Pois é, é bem por aí...
Eu sempre fui muito orgulhosa (talvez este seja meu pior defeito), por isso, nunca me permiti expor meus sofrimentos. As pessoas me magoavam e eu engolia calada, sofria sozinha, engolia o choro e só botava pra fora quando não houvesse ninguém por perto. Não por resignação, mas por maldade mesmo, por puro desdém. Era o jeito que eu tinha de tentar parecer superior, de dizer às pessoas que suas maldades não me afetavam por que elas (as pessoas) me eram indiferentes.
Feio isso, né? Mas era o meu modo de defesa.
O problema dessa situação é que você acaba construindo uma imagem mentirosa a seu respeito. As pessoas acham que podem "pintar e bordar" com você e saírem ilesas. As pessoas começam a te usar como saco de pancadas. E você engole tanto sapo, que um dia explode!
Eu não quero mais isso pra minha vida!!! Ando extremamente sensível, qualquer bobagem me fragiliza, talvez consequência de todos estes anos sofrendo calada. Agora acabou! Tenho exercitado conversar sobre os meus medos, minhas tristezas, meus aborrecimentos, minhas angústias... não é nada fácil, mas tem surtido efeito. Tenho me sentido mais leve, mais verdadeira, e também percebo que estou dando aos outros, a oportunidade de acertarem na próxima vez.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre os planos para o agora

Depois de um longo e tenebroso inverno (mais precisamente 3 anos) eu resolvi que chegou a hora de seguir em frente.
Eu sou assim. Eu vivo intensamente os meus ciclos, extraio deles tudo o que tem de bom e de ruim, analiso, pondero, vou no fundo do poço e volto quantas vezes forem necessárias, aprendo, vivencio, dialogo, me adapto, fecho a conta e sigo em frente. Com a certeza de que não ficou nada para trás. Foi assim com os ex-amores, foi assim com a gastroplastia, assim será com a deficiência. Ela já me deu o que eu precisava. Agora , é só juntar tudo na bagagem e colocar o aprendizado em prática.
Foi difícil escolher o caminho, mudar o rumo... recomeçar nunca é fácil pra ninguém! E o primeiro passo é sempre o mais difícil! Se desvencilhar da comodidade, se desfazer daquele dia-a-dia cronometrado e programado que te dá sempre a certeza de que tudo vai acontecer como previsto.
Depois de muitos conflitos internos e pressões externas, resolvi que não quero ser atleta. Hoje em dia, a maioria dos deficientes recorrem aos esportes para recomeçar, para provar que são capazes, que estão aptos. Alguns se descobrem verdadeiros campeões. Eu fiquei tentada a tomar esse rumo por que  é o mais fácil. Vc encontra esporte adaptado com facilidade na cidade: basquete, atletismo, natação... e eu sempre gostei de esportes, apesar de nunca ter praticado grande coisa. Mas isso seria o óbvio, e o óbvio nunca me atraiu.
Então, resolvi que vou voltar a estudar! Terminar minha faculdade que está trancada há tanto tempo! Acho que essa é a hora certa. Amigos novos, ambiente novo, preocupações novas... é disso que eu preciso nesse momento. Me afastar do pensamento de imobilidade e começar a viver, na prática, a minha independência, a minha liberdade.
Vou viver o novo! Por que a vida segue e quem vive de passado é museu!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O dia 18 de setembro de todos os anos

Desde criança até hoje, eu acordo no dia do meu aniversário achando que vou encontrar algo diferente no espelho. Já estou com 32 anos e ainda não consegui me desfazer dessa crença infantil. A lógica é: se hoje eu estou 1 ano mais velha, tem que haver alguma mudança física visível, um marco de passagem. Todos os anos eu me olho no espelho no dia 18 de setembro e nunca encontro nada diferente da noite anterior.
A vida passa e a gente não percebe... Só quando a gente olha no espelho e vê a pele do rosto um pouco mais flácida e algumas ruguinhas de expressão é que a gente se dá conta de que o tempo passa pra todo mundo. Sutilmente, como quem não quer nada.
Quando a gente é mais jovem, pensa muito em beleza. Rosto bonito e corpo perfeito são metas a serem alcançadas antes do conhecimento, da sabedoria e da cultura. Com o avançar da idade, a gente já apanhou da vida o suficiente para entender o que realmente importa.
Hoje eu tenho sede de conhecimento. Quero saber de tudo um pouco. Provar todos os sabores e sentir todos os aromas. Conhecer a vida, essa é a meta!
Tem gente que tem medo de envelhecer, eu não. Tal qual um bom vinho, quanto mais velho, melhor.

Sapiência, essa é a minha sede. Mas enquanto eu não me sacio, continuo procurando no espelho as marcas da vida.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeiro beijo.

Preciso registrar,
hoje fazem 15 anos que Elmir e eu trocamos nosso primeiro beijo!!!
Estranho perceber que o tempo passa tão depressa e a gente nem percebe.
De lá para cá, nunca mais a minha boca conheceu outra boca que não a dele. E eu me orgulho disso. Tanto, que estou preparada para beijá-lo com exclusividade até o último dos meus dias. E tomara que esse último dia seja tão bom quanto foi o primeiro!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Desabafando com bom gosto

Porque até os desabafos precisam ser em grande estilo.


Poema em linha reta
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.




quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre as minhas vontades

Todo mundo pensa que a minha maior vontade é voltar a andar. Não é. Juro. As minhas vontades são outras:

Sinto vontade de dançar, de usar salto alto, de não precisar usar fralda geriátrica.
Sinto vontade de sair sozinha na rua, de voltar a trabalhar e fazer compras na feira.
Sinto vontade de pegar a minha Ciça num sábado à tarde e fazer um programa de mulherzinha, só nós duas.
Sinto vontade de tomar banho de chuva com ela, jogando futebol e rolando na lama.
Sinto vontade de limpar a minha casa, lavar o meu banheiro e organizar meu guarda-roupa.
Sinto vontade de pegar um cineminha com meus amigos, mesmo os que me abandonaram. Eu não guardo mágoas.
Sinto vontade de ir a um show e pular muito.
Sinto vontade de pendurar as roupas no varal, de mudar os móveis de lugar, de carregar minha filha no colo.
Sinto muita, mas muita vontade de passear de mãos dadas com meu marido de novo.

Enfim... eu ainda não consegui me desligar do mundo "andante" e tenho muitas vontades (impossíveis?), mas ainda bem que existe aquele sábio ditado: VONTADE É UMA COISA QUE DÁ E PASSA

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sobre um passado feliz

Quando eu tinha 15 anos, me dei de presente a primeira grande transformação da minha vida: me matriculei num curso de teatro. Na verdade, a minha intenção era perder um pouco a timidez e conhecer pessoas novas, socializar. Mas o que aconteceu foi uma grande virada na minha vida.
Foi na Fundação Curro Velho que eu aprendi a ver o mundo com outros olhos, onde aconteceu a minha formação artística e cultural e onde eu conheci pessoas especialíssimas (incluindo meu marido).
Quando eu comecei a fazer as aulas de teatro, eu acabei me interessando por outras artes: dança, fotografia, artes plásticas, música, artesanato, literatura, cinema, astrologia, misticismo... Aprendi de tudo um pouco. Comecei a ler muito, entrei em contato com as obras de grandes dramaturgos: Brecht, Beckett, Nelson Rodrigues... Apurei meu gosto musical. Conheci a música clássica e seus grandes mestres. Passei a admirar a fotografia e as artes plásticas. Me apaixonei por Frida Kahlo e Botero (este, por razões óbvias. rs).
Foram 2 anos de intenso aprendizado. Saí de lá aos 17 anos com uma bagagem cultural que eu jamais teria adquirido na minha vida. Depois, passei por vários outros grupos que também me acrescentaram muito conhecimento: Trupe Serelepe, Cia. Arteira, Alfabumba... Foram, sem dúvida, os melhores anos da minha vida! Foi a época em que eu mais me senti livre, dona de mim, onipotente!
Mas como tudo nessa vida passa, aos 20 anos eu tive que deixar tudo de lado por causa do trabalho e da faculdade. A adolescência tinha acabado e as responsabilidades da vida adulta me chamavam.
Eu teria me tornado uma grande atriz! Eu tinha (tenho?) talento! Mas eu preferi largar tudo por um emprego com carteira assinada e uma faculdade que eu não concluí (ainda). Mas eu não me arrependo, não! Na verdade, acho que saí no lucro, afinal, além de toda a cultura adquirida, eu ainda fiquei com meu marido e muitos, mas muitos amigos daqueles doces anos. E o melhor de tudo: essa saudade gostosa e a lembrança de momentos únicos. Pequenos pontos de felicidade que preenchem meu coração até hoje.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...

Sempre gostei de dançar. Era a única coisa que me divertia nas festas. Não bebo, não fumo e namoro meu marido desde os 16 anos portanto, só me restava dançar. Dançava muito. A noite toda, se deixassem. Dançava o que tocasse, da valsa ao axé. Nas festas juninas então... eu me acabava!
Daí, que ontem fui numa festa junina na casa de uma amiga. Comidas típicas, todo mundo vestido à caráter, muita diversão, o arrasta pé correndo solto... e eu sentada!
É sempre assim, eu passo por um turbilhão numa boa, sem traumas, mas de vez em quando aparece uma coisa pequenina, sem importância, que me derruba!
Ontem foi assim. Ver meus amigos dançando sem poder acompanhá-los, me destruiu. É uma bobagem, eu sei! Mas mexeu comigo. Vou fazer o quê?
E sabe o que é pior? Eu me peguei fingindo pra mim mesma que estava tudo bem. Era como se eu não pudesse me permitir um momento de fraqueza. Pelo menos não por aquele motivo.
Eu sei que eu tenho o direito de me deprimir de vez em quando, de desesperar, de chorar... afinal, não é qualquer um que segura o tranco que eu seguro. Mas eu não me permito! São anos e anos como a pessoa mais forte do mundo, a durona da turma, a mãezona dos amigos, a confidente, a que tem solução pra tudo... Não dá pra fraquejar assim, por uma bobagem.
Engraçado o ser humano. A gente acha que consegue enganar a própria consciência dizendo para si mesmo que tá-tudo-bem-eu-nem-queria-dançar-mesmo. É como quando vc está de dieta e come chocolate escondido mesmo estando sozinho em casa.
Enquanto vc mente pra si mesmo, as pessoas ao seu redor acabam acreditando também. E assim a vida segue. Com todo mundo achando que vc tirou de letra o seu problema.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aprendi tudo, menos a ter coragem.

Estou meio frustrada!
Ainda não consegui colocar em prática as coisas que aprendi no hospital.
Saí de lá cheia de planos e super empolgada para fazer tudo o que eles me ensinaram. Só não imaginei que seria tão difícil adequar essas novidades à minha rotina.
A maior dificuldade é conseguir uma companhia. Ainda não saio sozinha na rua. Apesar de ter aprendido a me virar direitinho (subindo, descendo e transpondo obstáculos), ainda tenho medo. Não dá pra botar a cara na rua sozinha de uma hora pra outra e todas as pessoas ao meu redor (marido, pai, mãe, irmão) já têm sua rotina, seu dia-a-dia definido e corrido. Quem vai parar pra me atender, pra andar comigo pra cima e pra baixo?
Além disso, ainda não encontrei uma academia com acesso a cadeirantes próxima da minha casa. As academias acessíveis ou ficam longe e/ou são caríssimas, totalmente fora do meu orçamento.
Também tentei me matricular na natação, mas como já estamos em junho e nas férias de julho todas entram de recesso, dancei! Só em agosto!
Por fim, o basquete! Conheço o time, já tenho o telefone do treinador, já existe uma resposta positiva para participar dos treinos, mas ainda não aconteceu! Pelo simples fato de não ter quem me acompanhe, quem me leve até lá e me traga de volta.
Maldita dependência!!! Preciso perder o medo! Preciso criar coragem para sair sozinha! Se tantos conseguem, porquê eu não?
Estou frustrada por quê achei que o que faltava pra mim era aprender a fazer malabarismos. Não era! Isso eu já sei fazer! O que me falta é coragem, e isso ninguém pode me ensinar a ter.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre enfrentar o desconhecido.

Ontem meus olhos brilharam diante da TV. O jornal da tarde divulgava que as células tronco já estavam sendo utilizadas na Bahia. A reportagem mostrava que a experiência estava sendo feita em um paraplégico com lesão completa. Uma semana após o implante das células, ele já conseguia movimentar as pernas, inclusive, pedalando.
Quando a matéria acabou, meu marido já havia anotado o nome do hospital e o do médico responsável pela pesquisa. A luz no fim do túnel estava mais próxima do que pudéssemos imaginar.
- nós vamos pra lá! - ele me disse, no auge da euforia. - Eu vou conseguir entrar em contato com eles e você vai ser cobaia também!
Fiquei em silêncio por um longo tempo. Dentro de mim, como sempre, começava o rebuliço. Um turbilhão de pensamentos contraditórios. Mesmo empolgada com a possibilidade de cura, eu não conseguia parar de pensar:
- E se não der certo? Se essa for apenas mais uma tentativa frustrada? E se a esperança de milhões de pessoas que aguardam isso há anos, for por água abaixo?
- E se der certo? O que me faz pensar ser merecedora dessa dádiva? Com tantas pessoas com casos muito mais graves que o meu, porquê eu seria uma das primeiras?
- Como seria voltar a andar? Seria diferente de antes? Que sensações e sentimentos isso me traria?
- Como seria o recomeço depois de toda essa "bagagem" adquirida com a lesão?
- Como as pessoas reagiriam a isso? De que forma me enxergariam?
- Como seriam as pessoas se as sequelas das lesões medulares deixarem de existir? Sim, porquê são inegáveis as transformações pessoais que sofremos.
- O que seria daquela máxima que diz que as pessoas só aprendem com o sofrimento e com a perda?
Tudo bem, exagerei. É claro que as pessoas continuariam sofrendo por causas infinitas: pobreza, fome, violência, morte... Mas, e aquela transformação profunda, aquele bichinho da compaixão, da solidariedade e da tolerância que morde a gente e as pessoas da nossa família quando passamos por graves problemas de saúde, deixaria de existir?
Tudo muito complexo. Tudo muito controverso. Diante da cura iminente, cara a cara com a possibilidade de voltar a andar, o sentimento que me domina é o medo. Medo do desconhecido.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sobre as injustiças da vida de lesado...

Estou em uma enfermaria com umas 25 pessoas. Dessas, apenas 7 são mulheres. Todos lesados medulares. Alguns tetra, outros paraplégicos. São 25 histórias diferentes, 25 pessoas que lidam com a deficiência de formas diversas (alguns já entendem e aceitam, outros ainda não chegaram nessa fase), mas todos têm o mesmo objetivo: viver sem depender da ajuda dos outros.
É estranho ver que, no meio dessa gente toda, eu sou uma celebridade. Como o nível da minha lesão é L2 (no finalzinho da medula), eu tenho quase todos os movimentos preservados, além de ter controle de urina e intestino, coisa que nenhum lesado tem. Todos eles fazem cateterismo (uso de sonda para esvaziar a bexiga) a cada 4 horas, eu não. Todos eles fazem massagem abdominal e estímulo dígito-anal para fazer o intestino funcionar, eu não.
Isso me torna uma privilegiada no meio deles e muitos já me disseram que, se conseguissem ficar como eu, já estariam satisfeitos.
Como o mundo é controverso! Não tenho coragem para reclamar de mais nada!!!
Será possível que eu vou ter que agradecer por ter tido, dos males, o menor? E porquê será que a gente nunca está satisfeito com o que tem?
Eles morrem de inveja quando me vêem dando uns passinhos com o andador ou correndo para o banheiro com vontade de fazer xixi. E eu morro de inveja quando os vejo fazendo mil malabarismos com a cadeira de rodas, subindo e descendo rampas íngremes.
A parte mais ingrata dessa história, é que eles podem me ensinar o que sabem, e ensinam, generosamente. Mas eu, infelizmente não posso ensiná-los a fazer o que eu faço. Infelizmente, não depende de mim...
Esta tem sido uma troca injusta, onde só eu saio ganhando...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Esperança renovada

Hoje eu recebi o telefonema que eu estava esperando há 5 meses. Demorou, mas aconteceu. Lá vou eu de volta pro Sarah semana que vem!
Desta vez, prometo me vestir de toda positividade possível! (Elaine, vou tentar colocar em prática o teu conselho) Estou empolgadíssima com a idéia da reabilitação!!! Ter minha liberdade de volta, minha independência... poder andar sozinha pela rua, voltar a trabalhar, estudar, praticar esportes... Nossa, há quanto tempo eu não sei o que é isso!!!
A única coisa que me tira o sono é não poder levar a Ciça. Ficar todo esse tempo longe dela vai acabar tirando um pouco o meu foco do tratamento. Mesmo sabendo que ela estará aos cuidados da minha mãe, a preocupação vai ser certa! Mãe é mãe em qualquer lugar do mundo! Mas esse é um mal necessário!
Tenho muitos planos para o futuro e, mesmo com os limites do meu corpo, vou colocá-los em prática. E ao Sarah, cabe o papel principal, o pontapé inicial. Sinto que a minha vida vai recomeçar mais uma vez. Vou encerrar este ciclo de dependência, de reclusão, de falta de perspectiva, de incertezas e medos. No dia 04/05, às 08:30hs, entro no Sara Brasília com a roda direita e com a esperança de começar um ciclo muito melhor.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A fé do tamanho de um grão de areia.

Gostaria de ser uma pessoa de mais fé. Gostaria de acreditar mais nas coisas e nas pessoas. Ao contrário disso,  questiono muito e sou bem cética em certos assuntos.
Não que eu seja pessimista - também não é para tanto - mas prefiro me preparar para o pior, sempre!
Quando descobri meu cisto e o médico me avisou da possibilidade de eu não sair andando do hospital, eu imediatamente comecei a me preparar psicológicamente para isso. E foi exatamente o que aconteceu. Talvez por isso eu não tenha passado por grandes traumas e revoltas quando tive que sentar na minha cadeira.
Quando eu fui pro Sarah pela 1ª vez, a minha família inteira estava megaconfiante. Todos acreditavam que eu voltaria de lá andando, ou pelo menos, com a possibilidade de. Mas eu não. Eu fui até lá para obter respostas sobre o meu caso. Eu queria explicações que os médicos daqui não sabiam (ou não queriam) me dar. É claro que, lá no fundo, eu queria ouvir que era possível, que existia solução... Mas eu me preparei para a pior resposta. E foi exatamente a que eu ouvi. "Não é impossível, visto que o organismo humano surpreende a medicina a todo momento, mas a cura definitiva é muito remota!"
Todo mundo se frustrou, menos eu! Eu já estava pronta para isso.
Meu marido diz que esse modo de pensar atrai negatividade. Pode ser... quem sabe?
Ele acha que se eu acreditasse mais na minha cura, ela seria viável. Minha mãe acha que se eu for à igreja, fizer promessa, rogar à Deus, vou voltar a andar rapidinho.
Aí eu me questiono: e se esse for o plano que Deus traçou pra mim? E se essa condição fizer parte do meu crescimento pessoal? E se Deus acha que eu realmente preciso passar por isso para me tornar uma pessoa melhor? Lutar contra isso não seria lutar contra a vontade Dele?
Sabe aquela história de pegar o limão e fazer uma limonada? Pois é, acho que é por aí!
Ao invés de ficar obcecada, tentando voltar a andar a todo custo, porque não gastar essa energia com coisas mais produtivas? Trabalho voluntário, por exemplo. Ou voltar a estudar.
Prefiro pensar que Deus me deu a chance de rever meus conceitos, de repensar os meus atos, de ampliar minha visão de mundo, mesmo que, para isso, tenha sido necessário me tirar a capacidade de andar.
No fim das contas, acho que o preço é justo. Quando eu paro para comparar a pessoa que eu era há 4, 5 anos atrás e a que eu sou hoje, eu não quero nem saber de pernas funcionando.
Honestamente.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ogra encantada ou princesa desalmada?

Definitivamente, eu não me encaixo no padrão da maioria das mulheres.
Tá bom, eu assumo que sou vaidosa e consumista, mas quando o assunto é comportamento e atitude, a coisa muda um pouco.
Detesto demonstrações de carinho em público! Beijo na boca no meio da rua, nem pensar! Acho constrangedor para quem assiste.
Sempre detestei cartas de amor. Principalmente quando vinham com aquelas frases copiadas das revistas de adolescentes. Se você me ama, me diga que eu acredito. Simples assim!
Não gosto de nhê-nhê-nhê. Menos ainda de apelidinhos infantis como momô, bebê, ursinho, florzinha, nheco-nheco e afins. E se forem ditos com voz de criança, então... eu perco a paciência!
Depois do sexo, eu viro pro lado e durmo. Acho que o "depois" é um momento individual, em que você absorve  as sensações que o seu corpo produz: o relaxamento extremo, a paz de espírito. Cada um na sua. Sem aquele tal de "Foi bom pra você?".
Não sou ciumenta. Meu marido tem carta branca para sair sozinho com os amigos. Não fico fuçando o celular, nem os perfis na internet. Não mexo na carteira dele, nem leio a agenda.(Ele também é assim, graças a Deus!) Mas esse mérito é mais dele do que meu. Até agora não tive motivos para desconfianças, então... simplesmente não pego no pé! Confiança é uma palavra que precisa fazer parte dos relacionamentos.
Eu SEMPRE divido as despesas. E quando ele faz questão de pagar sozinho o jantar, eu banco o cinema e a pipoca. Se eu não tenho dinheiro, eu não saio de casa. Odeio depender financeiramente das pessoas!
Falando assim, eu pareço uma feminista desalmada, egoísta e grosseira. Mas, juro, não sou!
Prefiro dizer que sou meio contundente nas minhas opiniões. Sou mais cuidadosa que carinhosa. Me preocupo com as pessoas que amo, mas tento não invadir seus espaços. Prezo muito a liberdade e a individualidade nas relações. Não é porque você está comprometido que você tem a obrigação de dividir TUDO com a outra pessoa. Tem coisas e sentimentos que são só seus e vice-versa.
Há quem goste das outras. Eu, sinceramente, não as julgo. Cada um age com seus próprios instintos e de acordo com a sua verdade. Mas eu me sinto melhor assim.
Tecnologia do Blogger.